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ROB HALFORD DIZ QUE O LUGAR DE K.K. DOWNING NO JUDAS PRIEST É PERMANENTE: “DESEJO A ELE TUDO DE MELHOR”

por suzana

Antes do início da turnê sul-americana do JUDAS PRIEST na primavera de 2025, o vocalista Rob Halford concedeu uma entrevista à rádio chilena Radio Futuro, onde falou sobre o mais recente álbum da banda, Invincible Shield” (2024), amplamente elogiado como um dos melhores trabalhos da carreira do grupo.

É extraordinário. Não outra banda no metal fazendo esse tipo de afirmação. E é essa filosofia que levamos conosco. Estamos sempre pensando na melhor forma de representar o JUDAS PRIEST neste exato momento, especialmente agora, pouco depois de celebrarmos os 50 anos do nosso álbum de estreia, ‘Rocka Rolla’ (1975). Décadas depois, aqui estamos com Invincible Shield, mais uma joia nesse legado metálico. Nosso objetivo sempre foi fazer o melhor metal possível, e acredito que toda banda diria o mesmo — como deve ser. Mas, em termos de composição, performance, atitude da banda e produção, Invincible Shield é provavelmente a declaração mais forte desde Painkiller que posso lembrar.”

Halford também comentou sobre a pressão de lançar um novo disco após anos de espera por parte dos fãs:

Sempre existe aquela expectativa: ‘Por favor, Deus, que esse álbum não seja ruim.’ Esse tipo de pensamento pode te levar a uma espiral de dúvidas. Então, você precisa estar ciente de quem você é e de como chegou até aqui — mas, ao mesmo tempo, criar metal no presente, com a energia do agora. E foi exatamente isso que fizemos em Invincible Shield: mostramos que ainda somos relevantes, que não estamos nos segurando, e que continuamos fazendo álbuns de metal de altíssimo nível.”

Sobre Glenn Tipton, K.K. Downing e o legado

Halford falou ainda sobre a ausência dos guitarristas clássicos da banda, K.K. Downing (que saiu em 2011) e Glenn Tipton (que se afastou dos palcos em 2018 após diagnóstico de Parkinson):

“[Glenn é] um homem notável. O Parkinson é uma condição cruel, especialmente para músicos — e principalmente para guitarristas, que dependem das mãos. A doença rouba essa habilidade. Graças a Deus, seus solos e sua genialidade na guitarra viverão para sempre em tudo que ele fez pelo JUDAS PRIEST, desde Rocka Rolla até seu trabalho em Invincible Shield.”

Sobre K.K. Downing, Halford declarou:

Você pode fazer essa pergunta a qualquer banda que passou por mudanças de formação. O papel do Ken [K.K.] no PRIEST é permanente. Seu talento com a guitarra e sua contribuição como compositor com Glenn e comigo foram fundamentais. Desejo a ele tudo de melhor. Sempre desejamos o melhor para quem decide seguir outro caminho. Não pra guardar mágoa. Isso envenena o espírito. É preciso deixar ir.”

A formação atual do PRIEST e a energia renovada

Ao falar da formação atual da banda, Halford elogiou os colegas:

A entrada do Richie Faulkner foi um momento decisivo. Ele tem feito um trabalho extraordinário desde Redeemer Of Souls, Firepower e agora Invincible Shield. Temos o ‘Deus do baixo’ Ian Hill, que continua tocando com a mesma força e precisão de sempre, e Scott Travis na bateria, sempre inovando nas levadas do metal. É um grupo de músicos de altíssimo nível.”

E completou:

Eu continuo tentando fazer o meu melhor com a voz. Algumas coisas não consigo mais fazer — afinal, estou gritando mais de 50 anos. Mas com o apoio que recebo da banda e, principalmente, dos fãs, continuo entregando tudo que posso.

É bom poder filosofar e falar sobre o PRIEST dessa forma. Mas, no fim, a prova real acontece no palco. É ali que mostramos tudo isso na prática. Por isso, voltamos — pra mostrar que o PRIEST está de volta e ainda está chutando bundas.”

A saída de Downing e os bastidores

K.K. Downing deixou o PRIEST em 2011 alegando conflitos internos, administração e queda na qualidade das apresentações. Ele foi substituído por Richie Faulkner, quase 30 anos mais jovem.

Em 2018, Downing revelou que enviou duas cartas de demissão à banda: uma em tom amigável e outra mais dura, expressando frustrações com pessoas específicas. Segundo ele, essa segunda carta pode ter sido o motivo pelo qual não foi chamado de volta quando Tipton deixou as turnês.

O sucesso de Invincible Shield

O álbum entrou no #2 lugar nas paradas britânicas, ficando atrás apenas de Eternal Sunshine, de Ariana Grande. Antes disso, a posição mais alta da banda no Reino Unido havia sido com British Steel (1980), que alcançou o lugar. Em 2018, Firepower chegou ao lugar.

Invincible Shield marcou o quinto álbum do JUDAS PRIEST a entrar no Top 10 britânico, juntando-se a British Steel, Firepower, Redeemer Of Souls (lugar, 2014) e o ao vivo Unleashed In The East (10º lugar, 1979).

O álbum também conquistou o #1 na Alemanha, Finlândia, Suécia e Suíça, além de chegar ao lugar na França, na Itália e 16º na Austrália.

A turnê “Shield Of Pain” e o legado de Painkiller

O JUDAS PRIEST celebrará os 35 anos do clássico álbum Painkiller com a turnê Shield Of Pain”, que promete ser uma experiência rara e memorável. De acordo com publicações nas redes sociais da banda, o setlist especial trará clássicos amados pelos fãs e reafirmará o compromisso da banda com a metálica ao longo da Europa neste verão.


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